Como investir bem o dinheiro da aposentadoria
Não existe uma idade que impeça nossos sonhos. A aposentadoria, por exemplo, pode ser a fase ideal para colocar em prática aqueles planos alimentados durante anos. Para isso, entretanto, alguns cuidados são necessários. Um deles é investir bem o dinheiro guardado ao longo do tempo.
O mercado oferece diferentes aplicações, mas nem todas reúnem as características mais favoráveis para esse momento da vida. Hoje, o Blog da Bem lista alguns fatores que você deve analisar na hora de investir o dinheiro da aposentadoria – seja para materializar seus projetos ou garantir uma segurança maior na maturidade.
Prazo curto
Um dos fatores principais para quem deseja investir durante a aposentadoria é o prazo de retorno da aplicação. Existem modalidades que só se tornam atrativas se o dinheiro ficar retido por bastante tempo – vários anos, em alguns casos. Prefira investimentos que possam reverter dividendos a curto e médio prazos (cinco anos, no máximo).
Burocracia
Outro ponto vital é a burocracia. A chegada da maturidade acarreta cuidados em diferentes áreas. Não raro, essa fase da vida pode ser marcada por algumas emergências. Assim, aplicações que requerem maior burocracia para resgate ou cobram um percentual alto de impostos em retiradas de curto prazo não são as mais indicadas. Mantenha o controle sobre o seu dinheiro.
Segurança
Nada impede que você se torne um investidor arrojado e goste de correr riscos. Isso, porém, deve ser bem calculado. Aplicações muito voláteis, como as ações da bolsa de valores, tendem a se tornar uma montanha-russa, com uma alternância frequente entre ganhos e perdas. As fases de baixa acentuada, aliás, podem fazer o seu dinheiro minguar. Para evitar problemas, consulte empresas ou profissionais especializados nesse tipo de investimento. E procure manter a calma em meio às turbulências do mercado.
Diversificação
O cenário ideal para investir o dinheiro da aposentadoria é conservar a sua segurança financeira e conseguir agregar novos rendimentos. Nesse sentido, uma boa estratégia é diversificar as aplicações. Não aposte todos os seus recursos em apenas uma modalidade. Componha uma carteira de aplicações que combine opções de maior risco (com potencial de perda, mas também de bons ganhos) a outras mais conservadoras (a exemplo dos CDBs ou dos fundos imobiliários). É importante ter liberdade para mudar o dinheiro de lugar de acordo com as flutuações do mercado. Lembra da burocracia? Ela também deve ser evitada por esse motivo.
Opções interessantes
– CDB: o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título que os bancos emitem com uma data fixada de resgate. Quando chega o prazo, o cliente recebe o dinheiro aplicado acrescido dos juros. O que determina o rendimento é o tipo de taxa – pode ser a inflação, por exemplo, ou um percentual estipulado pelo próprio banco. Você paga entre 15% e 22% de Imposto de Renda na retirada. Quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será essa alíquota.
– FIIs: os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma opção para quem deseja rentabilizar com imóveis sem a necessidade de comprá-los. Em geral, os grupos de cotistas são administrados por corretoras ou bancos que aplicam os recursos dos participantes em terrenos e imóveis comerciais ou residenciais. Cerca de 90% da receita é dividida entre os acionistas. Em média, o rendimento varia entre 4% e 6%. Os FIIs são isentos de imposto quando os grupos têm mais de 50 cotistas.
– Fundos de ações: é o caminho para investir na bolsa de valores sem precisar se especializar no tema. Na prática, quem faz isso é a empresa que administra o fundo. Ela se responsabiliza por escolher as melhores ações e realizar movimentos para que o dinheiro renda mais. O risco de perdas com a variação da bolsa existe, mas fica diluído em razão da forma como as ações são distribuídas. A desvantagem é que esses fundos cobram taxas de administração que podem aumentar de acordo com os ganhos. Também há 15% de Imposto de Renda sobre o lucro.